CARANDÁ
É apenas uma imagem. Tronco alto,
ramos espalmados, palmeira num centro verde e animais pastando ao longe. A
flor, hermafrodita, multiplica-se em tonalidades que se projetam em espiral. O
fruto, dizem, é alimento para os animais, e o tronco, forte e alto, usa-se como
poste de eletricidade. No Brasil é árvore comum, pede sol mas aguenta o frio.
Não sei se esta árvore tem presença em Portugal, nem sei se é a caranda indiana.
O mais certo é que exista em qualquer recanto português, com maior
probabilidade para o sul, quem sabe em Vilamoura, onde as palmeiras se
espreguiçam mais. Aqui, no Carandá bracarense, não a vejo. E gostava de ver, ajustavam-se
as realidades, compreendia-se a origem do nome pela simples presença vegetal, enriquecia-se
a flora da cidade. Ficamos, no entanto, com a metonímia: o lugar pelo nome,
Carandá por Araújo Carandá. E agradecemos à sua viúva a perpetuação. Dona Carlota
Araújo fixou, com o seu requerimento à Câmara de Braga, um nome à cidade e
deu-lhe o gosto brasileiro. E o nome próprio trouxe o nome comum. Falta a
árvore. Será possível trazê-la e plantá-la neste belo jardim?
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