sexta-feira, junho 26

CARANDÁ


É apenas uma imagem. Tronco alto, ramos espalmados, palmeira num centro verde e animais pastando ao longe. A flor, hermafrodita, multiplica-se em tonalidades que se projetam em espiral. O fruto, dizem, é alimento para os animais, e o tronco, forte e alto, usa-se como poste de eletricidade. No Brasil é árvore comum, pede sol mas aguenta o frio. Não sei se esta árvore tem presença em Portugal, nem sei se é a caranda indiana. O mais certo é que exista em qualquer recanto português, com maior probabilidade para o sul, quem sabe em Vilamoura, onde as palmeiras se espreguiçam mais. Aqui, no Carandá bracarense, não a vejo. E gostava de ver, ajustavam-se as realidades, compreendia-se a origem do nome pela simples presença vegetal, enriquecia-se a flora da cidade. Ficamos, no entanto, com a metonímia: o lugar pelo nome, Carandá por Araújo Carandá. E agradecemos à sua viúva a perpetuação. Dona Carlota Araújo fixou, com o seu requerimento à Câmara de Braga, um nome à cidade e deu-lhe o gosto brasileiro. E o nome próprio trouxe o nome comum. Falta a árvore. Será possível trazê-la e plantá-la neste belo jardim?

Sem comentários: