sexta-feira, dezembro 29

ACENTUAÇÃO DE SARRO

Na página do jornal O Público, em http://www.publico.pt/, tópico Dúvidas Linguísticas, pergunta uma consulente: "quero saber se a palavra sarro é oxítona ou paroxítona".
A pergunta não tem nada de ofensivo, aliás, como dizia o outro, perguntar não ofende. Se pensarmos um pouco, há bastantes palavras parecidas com sarro: barro, carro, jarro, entre outras. Não tendo nada de ofensivo, a pergunta fere pela sua ingenuidade. Qual é a dúvida em palavras como estas? Quem não sabe que estas palavras, de uso tão banal, não levam acento gráfico? Haverá alguém que ponha sequer a hipótese de pronunciar barró, carró ou jarró, o que atribuiria a tais palavras o carácter de oxítonas? Perplexidades desta natureza vão-nos informando muito sobre o estado actual do conhecimento linguístico português. Que não é lá muito famoso, como todos bem sabemos...

domingo, dezembro 24


FELIZ NATAL, ou A INVASÃO DO PAI...

Ils sont partout. En affiche, en chocolat, en peluche et en latex, en vrai aussi… Impossible de leurs échapper. Visage barbu, joufflu, rougeaud et un large sourire qui serait presque menaçant. On savait que le Père Noël avait le don d’ubiquité, mais là c’est vraiment trop. Celui qui imaginait que l’exil chinois le protègerai de Noël, se trompe terriblement. Cette fête est sans doute une de nos exportations culturelles les plus efficacement implantées en Chine. Elle a perdu au passage tout caractère religieux – mais n’est-ce pas le cas également en occident ?- et est réduite à deux symboles : le père, le sapin et ses boules. Oui, une invasion de Pères Noël. Le pire est sans doute ces armées de serveuses, serveurs, vendeurs et autres hotesses qu’on oblige pendant tout le mois de décembre à arborer le bonnet rouge à pompon blanc. A les voir, devenus clowns tristes à la fin d’une journée de labeur, on aimerait avoir gardé Noël pour nous.


In Chine.blog.lemonde.fr

quinta-feira, dezembro 21

Informação sobre a página DINHEIROS

Boa noite a todos. Não sei se têm acompanhado a construção da página DINHEIROS (link nesta página, à esquerda), mas informo que penso ter esquematizado a sua parte teórica. Digo "esquematizado" porque este esquema será naturalmente preenchido com todas as observações pertinentes e cientificamente válidas que achem oportuno fazer. A página está organizada de modo a permitir a interacção, com perguntas, comentários, análises, etc. Qualquer texto, ou ligação pertinente, serão postos em destaque após autorização do autor. Uma BASE DE DADOS será construída a partir deste momento. Como podem verificar na página DINHEIRO, criei uma página para cada rei. Numa primeira fase, vou analisar todos os dinheiros de D. Fernando que possuo e organizá-los no sítio respectivo. Podem confirmar a estrutura da análise clicando em D. Pedro I. Lá encontram um exemplo do que será feito. Numa segunda fase, incluir-se-ão na página, tal como acontece na página CEITIS do Luís Nóbrega, todos os exemplares analisados. Mais tarde, e se houver colecções definidas, estas poderão ser organizadas individualmente. Agradeço feed-back, para sentir se a coisa está a ser bem feita. Obrigado a todos.

quarta-feira, dezembro 20

ESTES ÁRBITROS...

Vi o Sporting de Braga contra o Boavista. E eu, que sou de espírito aberto e compreensivo, fiquei de boca aberta. Por um lado, com a forma como o árbitro dirigiu a partida, em prejuízo claríssimo do Braga; por outro, com a decisão vergonhosa que consistiu em castigar o João Pinto com dois jogos de suspensão. Então o rapaz leva o primeiro amarelo por tocar na bola com a mão? Viu-se que quem tocou na bola foi o jogador do Boavista. Depois, leva outro amarelo por ter sido rasteirado? Inacreditável! E ainda apanha dois jogos de castigo? Que cartão deveria ser mostrado a este árbitro que tão mal se comportou? Cada vez mais acredito que esta gente da bola vive em Marte, que são uns marcianos, e que têm focos de visão, de ética e de moral diferentes dos do comum ser humano. Como diria o Luisinho, what a cambada!

sexta-feira, dezembro 15

DINHEIRO
No seguimento da página CEITIS, organizada pelo Luís Nóbrega, e porque pretendo catalogar rigorosamente os dinheiros que possuo, tenho a intenção de criar uma página, anexa ao metakrítico, sobre a unidade monetária DINHEIRO, desde Afonso Henriques até D. Fernando. Para concretizar tal intenção, vou precisar da colaboração, inestimável, como sempre, dos meus amigos numismatas. Para que todos possam aceder à organização da página, comentar, corrigir ou acrescentar informação, a via privilegiada será o Fórum de Numismática. Agradeço desde já toda a colaboração que me possam dar, nomeadamente em informação bibliográfica sobre DINHEIROS. A página terá, grosso modo, a seguinte estrutura:
1 . O dinheiro: artigo introdutório

2. Explicitação das tipologias.

2. Tipologia do dinheiro: de Afonso I a Afonso II

3. Tipologia do dinheiro: de Afonso III a D. Fernando
a) Cruz
b) Escudetes
c) Legendas
d) Diferentes
e) Metrologia
e1) Peso e Lei
e2) Módulo

3. Considerações gerais

4. A classificação será feita prioritariamente pelas variantes da morfologia e pela disposição dos elementos que cantonam a cruz. São conhecidas de momento 40 variantes. Há a possibilidade de encontrarmos outras.

O quadro organizativo contemplará ( aproveita-se o quadro de Maria Ferro: Catálogo, 1978):
0 – Foto da moeda: anverso e reverso
A – Nº da espécie catalogada
B – Cronologia
C – Classificação
D – Metal
E – Peso (grs)
F – Módulo (mm)
G – Valor nominal
H – Legenda:
H1 – Anverso
H2 – Reverso
I – Tipo:
I1 – Anverso
I2 – Reverso
J – Eixo
L – Casa da Moeda
M – Processo de amoedação
N – Estado de conservação
O – Observações pertinentes

É evidente que este trabalho vai demorar e dependerá da minha disponibilidade de tempo.
Obrigado a todos.

quinta-feira, dezembro 14

Moeda da época de Afonso II foi vendida por 150 mil euros

De acordo com o DN, um morabitino da época de Afonso II foi vendido por 150 mil euros. Nada mal, em tempo de crise. Outras moedas e notas atingiram valores altíssimos, o que prova a pujança deste tipo de coleccionismo. Fazendo bem as contas aos valores alcançados, o investimento em moeda ultrapassa largamente qualquer outro tipo de investimento e com menor risco. Além disso, o prazer de olhar uma moedinha do tempo dos nossos avós é inultrapassável. E se a moeda for de Afonso Henriques, tanto melhor. Mas as de Afonso Henriques são raras, muito raras...

quarta-feira, dezembro 13

O PUTO E A FACA
Não mede mais de metro e meio. É pequenino, cabelo encaracolado, olhos de raposa atenta. Passou por nós de pasta às costas, sorriu para o meu filho. Achei-o engraçado, na sua pose frágil. Sabes quem é, perguntou o meu filho. É neto de fulana, que mora ali ao lado. Ah, conheço. Sabes a melhor dele? E diz-me que o puto tinha levado uma faca para a escola. Uma faca, estarreci. Uma faca? Para a escola? Porquê? E lá me explicou. Que andavam lá uns patifórios a roubar-lhe o lanche todos os dias, a humilhá-lo. Fizera queixa aos professores, ao Conselho Directivo, e ninguém lhe ligara. Então, forte, decidiu levar uma faca. Mostrou-a, decidido, aos patifórios. Nunca mais lhe roubaram nada.

segunda-feira, dezembro 11

GOVERNO CRIA EMPRESA PARA GERIR FUNÇÃO PÚBLICA

No nosso país é assim: a Administração Central não sabe gerir os dinheiros dos contribuintes, o Fisco deixa prescrever milhares de processos, alguns chicos muito espertos aproveitam e vivem à custa do pagode. E vai daí, cria-se uma empresa para gerir o que não foi gerido. Já se sabe qual vai ser o resultado: daqui a uns tempos, cria-se uma empresa para gerir a empresa que agora vai gerir. E assim sucessivamente. Ah... li hoje que o gás que pagamos é dos mais caros da Europa. Eu já sabia, sai-me do bolso todos os meses.

quarta-feira, dezembro 6


PASSOU O OUTONO...

Passou o Outono já, já torna o frio...
- Outono de seu riso magoado.
Álgido Inverno! Oblíquo o sol, gelado...
- O sol, e as águas límpidas do rio.

Águas claras do rio! Águas do rio,
Fugindo sob o meu olhar cansado,
Para onde me levais meu vão cuidado?
Aonde vais, meu coração vazio?

Camilo Pessanha, Clepsidra

segunda-feira, dezembro 4

NINGUÉM RESPEITA OS PROFESSORES

Joaquim Azevedo, coordenador do Debate Nacional de Educação, diz, no Público de hoje, que "ninguém respeita os professores, só damos deles e das escolas uma imagem negativa. Assim não se cria uma dinâmica de confiança". E é verdade! Infelizmente, na tentativa de se justificarem politicamente determinadas decisões, transmite-se para a opinião pública a ideia de que todos os males da educação são da responsabilidade dos professores. E isso, evidentemente, não é verdade. Hoje, ninguém respeita os professores. E, a curto, médio e longo prazo, vamos pagar por isso. Eu diria mais: as consequências do desprestígio da classe docente vão ser terríveis para o país. Mas quem se importa com isso? A tecnocracia acorda com cifrões nos olhos e adormece a recontá-los...