Um amigo de apelido Calaim leu no Fórum de Numismática, pela primeira vez, parece, uma explicação sobre a palavra calaim, que nunca encontrou em textos ou dicionários. E não admira, pois nem o Dicionário da Academia a regista. Regista-a, no entanto, o Grande Dicionário da Língua Portuguesa, coordenado por José Pedro Machado, e o excelente Houaiss. Neste dicionário se diz que calaim tem origem árabe e é um provincianismo derivado de Qalah ou Qaleh, que é um lugar situado na costa de Malaca. Expõem-se, também, duas acepções. Na primeira, calaim é um metal, uma liga de estanho, chumbo e cobre, usada em Malaca e no arquipélago Malaio ( actual Malásia) e no Sião ( actual Tailândia). Na segunda acepção, calaim era uma antiga moeda portuguesa (séc. XVI) feita do metal atrás descrito. Também se faziam outros artefactos desse metal.
De calaim são feitos o malaquês de D. Manuel I, o bastardo de D. João III e de D. Sebastião, etc. No livro de Ferraro Vaz, Dinheiro Luso-Indiano, parece haver alguma confusão com tutanaga, que era uma liga esbranquiçada de cobre, zinco e níquel, com um pouco de ferro, prata ou arsénio.
De calaim são feitos o malaquês de D. Manuel I, o bastardo de D. João III e de D. Sebastião, etc. No livro de Ferraro Vaz, Dinheiro Luso-Indiano, parece haver alguma confusão com tutanaga, que era uma liga esbranquiçada de cobre, zinco e níquel, com um pouco de ferro, prata ou arsénio.
1 comentário:
Já tinha lido a origem do nome Calaim numa enciclopédia.
Obrigada por colocares "online".
Fiz um "search" no "google" e vim parar a este BLOG.
Parabéns pelo empenho e gosto...
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