PINTURA
Estávamos os dois ali deitados,
Sob a ramagem lenta dos pinheiros.
Dois esquilos sorriam enlevados,
Eram sorrisos puros, verdadeiros.
O sol queimava longe nos eirados,
O céu tremia azul sobre os lameiros,
E nós ali amando-nos calados,
Do mundo éramos únicos, primeiros.
O amor dá sempre a mão à natureza,
Aperta-a contra o peito e sempre implora
A simbiose da dor com a leveza.
Pintura somos nós a toda a hora:
O céu, o sol, a cor e sem surpresa,
A tua boca que florescente aflora.
José Silva, Copyright, 15.09.2008
domingo, setembro 14
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