ARGUMENTAVAS...
Argumentavas leve, mas augusta,
Sobre o amor ou sobre a vida vil,
Imploravas sentir o quanto custa
Esmaecer um poema em flóreo Abril.
A leira abria um sulco meio adusto,
O tentilhão trinava em mim pueril,
A natureza que jamais se assusta,
Derramava lágrimas, mais de mil.
Só de ouvir-te, as lágrimas choravam,
O sol, o monte, o mar, todo o esplendor,
Da vida os elementos gotejavam.
Tu sabes muito bem que além da dor,
Além das vãs palavras que clamavam
Tu e os outros, há o divino Amor.
Copyright José Silva, 28.09.2008
domingo, setembro 28
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