Leio que Bush anda a salvar impérios privados. Pelas Américas, tudo é possível. Por cá, tudo na mesma, como a lesma: consumo em queda permanente, pobreza galopante, natalidade a tender para zero, medidas para alterar a situação inexistentes. Este país é um oásis de nada. Nem os futebóis nos alegram…O Benfica é sempre a mesma tristeza; o Sporting joga sempre com “tranquilidade”, consoante os solavancos do Paulo Bento; o Porto até já empata com o Rio Ave. Em Espanha sobram as bombas. Será que o Obama ganha? Este mundo não anda lá muito bem da cabeça…
segunda-feira, setembro 22
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2 comentários:
Pois é,professor,é quase impossível não nos deixarmos levar por um certo pessimismo - circunstancial,não genético ou característico do "nosso" povo,como tanto se apregoa. Relativamente à taxa de natalidade - e consciente de que a minha posição me pode custar um rótulo de neo-liberal - creio que não é assim tão mau que não nasçam mais pessoas. Obviamente,em termos de equilíbrio demográfico,seria ideal que nascessem mais bebés; mas, em termos puramente económicos, pôr uma criança no mundo e garantir-lhe uma vida relativamente confortável é uma verdadeira odisseia. Aliás,a partir do momento em que,na abordagem do nascimento de crianças,a tónica é colocada na estatística - mais bebés = mais futura mão-de-obra - ou na economia,ou em qualquer outro interesse, algo está mal. As crianças são (in)desejáveis em si mesmas,logo não devem ser encaradas como um meio. Já o futebol tem falhado em acompanhar a máxima do "pão e circo" - normalmente,se a conjuntura é má,viramo-nos para os nossos canais de evasão (neste caso,a paranóia da bola); como o futebol não resulta,pode ser que exerça o efeito contrário: uma vez que poucas alegrias nos traz,mais vale trabalhar para escapar aos desaires dentro das quatro linhas. Uma última palavra para o Osama: por muito censuráveis que as suas acções possam ter sido,é preciso não esquecer que os EUA são peritos em manipulação mediática e é óbvio que fizeram do 11 de Setembro um verdadeiro circo,apelando ao instinto mais elementar do ser humano perante um cenário catastrófico: a adopção de uma perspectiva dualista,simplista até,traçando claramente diferenças entre Bem e Mal - quando hoje se sabe que essas fronteiras são puramente circunstanciais. Isto para dizer que,apesar de tudo,Osama é (era?) um génio pela forma como conseguiu arquitectar os seus planos,embora seja claramente censurável aquilo qe se propôs fazer - o Obama e todos os obamas que para aí andam (uma vez que,julgo,a referência a Obama foi meramente simbólica).
À conta das eleições americanas,acabei por trocar - fonética,não conceptualmente - Osama por Obama,quando o pobre homem nem é para aqui chamado. Ao visado - e uma vez que é bastante provável que ele seja visitante assíduo do Metakrítico - as minhas desculpas.
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