segunda-feira, fevereiro 12

O ASSALTO À VIDA PRIVADA
Hoje fui à Caixa Geral de Depósitos tratar de uns assuntos. Para mal dos meus pecados, sou lá cliente… Para completar “um” assunto, eu achava que era suficiente o bilhete de identidade, o número de contribuinte, a morada e, vá lá, o número de telefone. Tudo isso eles já lá tinham, portanto, nada a entregar. Mas que não! E que não! E deram-me então uma grande ficha, com perguntas totais sobre a minha vida, e da minha mulher, e se tinha carros, e se tinha casas, e há quantos anos trabalho e, imagine-se a imbecilidade, até lá perguntam o estado civil da minha própria mulher! Espumei. Nego-me a dar-me ao desbarato, ninguém tem o direito de saber pormenores de vida que só a mim dizem respeito. E disse que não. E não é que não me deixam tratar do tal assunto? Aiiii…. Apetece-me ferrar os dedos e ir às fuças a alguém. Na semana passada passou-se algo semelhante na escola do meu mais novo. Também me apresentaram uma ficha para preencher, queriam muitos dados, só não me lembro se queriam, ou não, a cor das minhas cuecas. Mas por que carga de água quer a escola do meu filho saber se tenho carro, ou se a casa é minha, ou…? Este assalto violento à nossa vida privada é absolutamente aterrador e inaceitável. Nos dois casos, neguei-me a dar as informações pedidas. Não tenho que as dar e pronto! Mas a lei permite este comportamento dos bancos e das escolas? Que seja do meu conhecimento, o aluno concretiza a sua matrícula numa escola e escreve no BOLETIM as informações legais que o Ministério da Educação acha por bem exigir. Tudo o que ultrapasse tais informações é absolutamente abusivo. O mesmo com os bancos. Irra que é demais!!!!

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