quarta-feira, fevereiro 25

À PINHA

Não, não há pinha nos pinheiros, pelo menos nos pinheiros mansos. Parece que alguém se entretém a cortá-las ainda em flor, de modo que… nem vê-las. Por acaso, sou maluco por pinhões, no Natal entretenho-me a descascá-los, gosto do sabor a queimado. Um dia destes, o Rui falou-me de outras pinhas, uma fruta tipo anona, que lhe deram no Brasil. Gostou, e aprendeu o nome da coisa. Nos lados mais marisqueiros, as pinhas podem ser de bivalves e congéneres, tipo mexilhão ou percebes. E como o Zé é um grande mexilhão, a pinha também pode ser de Zés, ou claramente de gente. Se os Zés se acarneiram em magotes, formam uma enormíssima pinha. E se estão no Campo-da-Vinha, este fica à pinha, com os Zés encavalitados uns nos outros. A maioria das vezes, os carneiritos têm areia a mais na moleira, e sofrem da pinha, ficam com ela completamente desregulada. No limite, quando isso acontece, podem até comer a pinha a alguém, enganá-lo, intencionalmente ou não. Conclusão: isto de pinhas é como diz a Aninhas: ou te tratas ou definhas.

Retomado de Metakrítica

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