HOW WE DECIDE
Cesário verde só escreveu um livro, justamente intitulado O livro de Cesário Verde. O que mais se evidencia na sua poesia é o contraste profundo entre o campo e a cidade. O campo, apresentado como puro e simples; a cidade, apresentada como dura e difícil, à luz moderna do gás. É parcialmente verdade que a cidade tem sido um motor da vida intelectual e da arte. Mas o campo? Mas Camilo? O campo faz-nos desfrutar a natureza, faz-nos respirar o ar puro, faz-nos recordar segundo a segundo as flores e os pássaros, a água cristalina dos riachos, o cheiro a erva dos prados molhados. A cidade, por seu lado, obriga-nos a correr, a cerrar cortinas, a trancar as portas, a mirrar de stresse. Será a cidade uma assassina da nossa memória e das nossas emoções, desta máquina limitada que se chama mente ( Marc Berman)? Por que razão temos uma necessidade urgente de pôr plantas em casa, ou parques arborizados nas cidades? Se as cidades contribuem definitivamente para a perda do nosso controlo emocional, porque não fazer como a Lídia de Pessoa, beijando-nos puros à beira do rio?
A ciência neurobiológica atual vem pondo em relevo a importância da emoção, contrabalançando-a à razão. O paradigma cartesiano vem sendo problematizado (ver Damásio, por exemplo) e discutem-se, hoje, fatores ainda há bem pouco tempo depreciados.
How we decide é um livro muito recente de Jonah Lehrer, muito interessante e continuador desta nova via interrogativa: o que é a emoção, como decidimos e que fatores contribuem para as nossas inopinadas decisões. Para ler rapidamente.
Cesário verde só escreveu um livro, justamente intitulado O livro de Cesário Verde. O que mais se evidencia na sua poesia é o contraste profundo entre o campo e a cidade. O campo, apresentado como puro e simples; a cidade, apresentada como dura e difícil, à luz moderna do gás. É parcialmente verdade que a cidade tem sido um motor da vida intelectual e da arte. Mas o campo? Mas Camilo? O campo faz-nos desfrutar a natureza, faz-nos respirar o ar puro, faz-nos recordar segundo a segundo as flores e os pássaros, a água cristalina dos riachos, o cheiro a erva dos prados molhados. A cidade, por seu lado, obriga-nos a correr, a cerrar cortinas, a trancar as portas, a mirrar de stresse. Será a cidade uma assassina da nossa memória e das nossas emoções, desta máquina limitada que se chama mente ( Marc Berman)? Por que razão temos uma necessidade urgente de pôr plantas em casa, ou parques arborizados nas cidades? Se as cidades contribuem definitivamente para a perda do nosso controlo emocional, porque não fazer como a Lídia de Pessoa, beijando-nos puros à beira do rio?
A ciência neurobiológica atual vem pondo em relevo a importância da emoção, contrabalançando-a à razão. O paradigma cartesiano vem sendo problematizado (ver Damásio, por exemplo) e discutem-se, hoje, fatores ainda há bem pouco tempo depreciados.
How we decide é um livro muito recente de Jonah Lehrer, muito interessante e continuador desta nova via interrogativa: o que é a emoção, como decidimos e que fatores contribuem para as nossas inopinadas decisões. Para ler rapidamente.
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