quinta-feira, janeiro 26

O DESCRITO PODE SER DISCRETO?

Lê-se no Diário Económico de 25 de Janeiro:

A descrição é “o” activo dos reguladores.

Carlos Tavares decidiu ontem questionar publicamente a data de divulgação das contas dos bancos, quando se sabe que apresentarão milhões de prejuízos. A intervenção do presidente da CMVM só acrescenta ruído a uma matéria que exige descrição, para evitar uma injustificada desconfiança sobre a solidez dos bancos.

Lê-se, e não se percebe nada. Se a descrição é um activo, então toca a descrever! Como, porém, diminuir o ruído se, por definição, a descrição apenas o acrescenta? Dito de outra forma: pode o descrito ser discreto, ou a discrição ser descrita? A crer no erro da notícia, pode. Porque de erro se trata, e a notícia ficou de pernas para o ar.

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