quinta-feira, dezembro 29


EDGAR MORIN


Às vezes lemos autores que nos fazem pensar. Quando queremos pensar, que isso incomoda como andar à chuva, já dizia o poeta. Já conhecia de passagem os trabalhos do físico dinamarquês Niels Bohr, cujos resultados, aplicados essencialmente à física quântica, têm contribuído para a decifração da complexidade da estrutura atómica. Não conhecia, no entanto, referências mais abrangentes. Se o separado é também o inseparável, se a partícula microfísica é, consoante a observação, tanto onda contínua quanto corpúsculo; se o indivíduo se dissolve no todo que é a sociedade (olhando-se a sociedade) e se a sociedade se dissolve (olhando-se o indivíduo), apercebemo-nos de como os paradigmas se cruzam, e de como as ciências se interpenetram e complementam. Leio Edgar Morin (Mes philosophes, Germina: 2011) e avanço no meu conhecimento. Se Heraclito foi o primeiro e Ivan Illich um dos últimos, qual será o próximo filósofo de Morin?

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