domingo, maio 15

DOS PALABRAS

Esta noche al oído me has dicho dos palabras
Comunes. Dos palabras cansadas
De ser dichas. Palabras
Que de viejas son nuevas.

Dos palabras tan dulces que la luna que andaba
Filtrando entre las ramas
Se detuvo en mi boca. Tan dulces dos palabras
Que una hormiga pasea por mi cuello y no intento
Moverme para echarla.

Tan dulces dos palabras
?Que digo sin quererlo? ¡oh, qué bella, la vida!?
Tan dulces y tan mansas
Que aceites olorosos sobre el cuerpo derraman.

Tan dulces y tan bellas
Que nerviosos, mis dedos,
Se mueven hacia el cielo imitando tijeras.
Oh, mis dedos quisieran
Cortar estrellas.

Alfonsina Storni (Argentina, 1892-1938)

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostaria muito de comentar este poema e tanto que eu teria para falar, sobre a vida e as minhas experiências e sobre essas duas palavras que se dizem sem nunca terem sido ditas. Mas não posso, não tenho tempo, nem para essas duas palavras... O tempo que parece que voa! Este tempo que nem me deixa lembrar de comer... Talvez me esteja a faltar ouvir essas tais palavras... Ou talvez não! Para quê palavras quando um gesto simples e delicado, um olhar terno de carinho nos fazem sentir em segurança. Um simples "estou aqui" ou então um simples abraço que nos dá tranquilidade. Eu tenho muita sorte, tenho uma montanha de pessoas que o fazem diariamente. Todos os dias tenho alguém que me envia uma mensagem ou me pergunta "Estás bem?" "Como estás?", "Precisas de alguma coisa?", a isso chama-se família e estou a englobar os amigos claro! Porque os amigos são família! E Professor, continue assim romântico e a fazer-nos acreditar que ainda existem pessoas como o senhor, há falta de pessoas assim no mercado, como já lhe tinha dito anda tudo doido e é só semáforos amarelos...

Dulce