sábado, outubro 13

DEI-TE

Dei-te um poema na palma da mão,
Dei-te um suspiro em troca de arfar,
Deste-me o corpo, deste-me o pão,
Deste-me a dor e o seu navegar.
Deste-me a mão, alei-me fagueiro,
Dei-te um abraço, olhámos o olhar,
E dei-te um beijo molhado, lampeiro,
E deste-me um beijo cheiinho de amar.
Saímos à rua, gritámos é tua,
Aqui vamos nós a caminho do mar,
Porque é lá longe, na margem da lua,
Que o nosso amor quer enfim poisar.
 José Silva, 13.10.2012

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