PERSISTÊNCIA
Cérebro das crianças, 1 – Cérebro do adulto, 0
- Papá, podemos comer um gelado?
- Não, responde o pai, distraído.
- Papá, queremos um gelado.
- Já disse que não.
- Ohhhhhhhhh, vá lá, papá, queremos um gelado!
- Já disse que não. Parem de pedir.
- Papáááááá, por favooooor, queremos um GELADO!
- Parem de me aborrecer e deixem-me tranquilo. Já disse que não.
Após um momento e pausa e reflexão, as miúdas insistem:
- Vá lá, papááááá, por favoooooooor, queremos um GELADO!
- Já disse que não e é não.
Novamente, depois de uma pausa, de se abraçarem às pernas do pai e de olharem para ele com ar suplicante, começa a canção ao estílio de Olívia:
- Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado!
- PRONTO, ESTÁ BEM! Mas só desta vez!
Acabo de ler o livro de Tony Buzan, A Criança Inteligente. Li-o até ao fim. Bom sinal. Fui persistente, como as miúdas do gelado. Sem PERSISTÊNCIA não vamos a lado nenhum!
Cérebro das crianças, 1 – Cérebro do adulto, 0
- Papá, podemos comer um gelado?
- Não, responde o pai, distraído.
- Papá, queremos um gelado.
- Já disse que não.
- Ohhhhhhhhh, vá lá, papá, queremos um gelado!
- Já disse que não. Parem de pedir.
- Papáááááá, por favooooor, queremos um GELADO!
- Parem de me aborrecer e deixem-me tranquilo. Já disse que não.
Após um momento e pausa e reflexão, as miúdas insistem:
- Vá lá, papááááá, por favoooooooor, queremos um GELADO!
- Já disse que não e é não.
Novamente, depois de uma pausa, de se abraçarem às pernas do pai e de olharem para ele com ar suplicante, começa a canção ao estílio de Olívia:
- Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado! Queremos um gelado!
- PRONTO, ESTÁ BEM! Mas só desta vez!
Acabo de ler o livro de Tony Buzan, A Criança Inteligente. Li-o até ao fim. Bom sinal. Fui persistente, como as miúdas do gelado. Sem PERSISTÊNCIA não vamos a lado nenhum!
1 comentário:
A fronteira entre a persistência e a teimosia está cada vez mais esbatida,embora a primeira assuma contornos de actividade,enquanto a segunda se coaduna mais com resistência - portanto,menos activa (se bem que a resistência possa revestir-se de combatividade,logo,de actividade,mas,como sempre,é discutível). O argumento do "só desta vez" pode minar muitas horas de esforço,por parte dos pais,no sentido de incutir nas crianças a noção de que não podem ter tudo o que almejam ter - quem pode censurá-las? Não é isso que todos queremos? Não é por isso que fugimos dos rótulos e das catalogações? Para podermos flutuar entre categorias,para que possamos ser tudo?
Não tendo experimentado a maternidade,posso apenas falar na minha experiência filial. Li um livro intitulado "Pais que mimam de mais (sim, "de mais"...), o qual defendia que o facto de as crianças pedirem tudo,é um mecanismo de colocarem os pais à prova. É a forma que encontram para obrigar os pais a reforçarem a sua noção de autoridade. Pergunto-me como é que uma criança tem noção disto...
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