Acabo de ler Caim, de José Saramago. Comprei-o ontem, li-o de rajada, é um livro curto e simples. Esteticamente, desiludiu-me, Saramago tem bem melhor. Deus, para o autor, não é grande coisa, vê-se. Mas, não sei porquê, há por ali muito cuspo, demasiada ironia, excesso de sátira, muita incompreensão do simbólico. Como o meu critério estético é o do gosto, eu digo que não gostei e pronto. Isso, porém, nada tem a ver com o exercício de liberdade que significou escrever este livro. Os crentes vão gostar? Penso que não. A Igreja vai gostar? Tenho a certeza de que não. Mas estes escritos movem as névoas dos nossos pensamentos, e isso é salutar. Eu continuo a acreditar no meu Deus, sempre magnânimo, sempre bom. Agora e para sempre.
quinta-feira, outubro 22
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