LINGUAGEM VIOLENTA NO DESPORTO
Enquanto aguardava pelo Brasil-Portugal, assisti ontem a um debate sobre linguagem violenta no noticiário desportivo. Um pai alertou o Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas para uma série de expressões violentas que lera em jornais, do tipo de “ O grupo X era um alvo a abater”, “vingança saborosa” ou “decidiram partir para a humilhação do adversário”. E o Conselho Deontológico lá recomendou exigência ética e deontológica aos jornalistas, o que nem me parece necessário, pois qualquer jornalista, como bem vincou Vítor Serpa, sabe que há linhas que não deve ultrapassar.
A verdade, porém, é que leio todos os dias expressões que me ferem a sensibilidade, e que, se bem (mal) assimiladas pelos jovens desportistas, podem induzir comportamentos errados. Por exemplo, embora perceba a mensagem, choca-me ver os “guerreiros” do Sporting de Braga em cartazes espalhados pela cidade, com armaduras e tudo… Porque o futebol é um desporto nobre, não é terreno de guerra, nem um simples jogo deve ser sentido como uma batalha.
Mais grave, na minha opinião, é a falta de formação de alguns dirigentes, treinadores e árbitros que acompanham o futebol infanto-juvenil. Eu sei que não é fácil construir um edifício de excelente formação desportiva, mas os clubes devem prestar atenção redobrada às características dos formadores, procurando neles uma boa base científica, pedagógica e essencialmente humana. É inaceitável que num jogo de infantis o treinador insulte um árbitro, como é inaceitável que um árbitro não compreenda a índole de um jovem de 9 ou 10 anos, penalizando-o quando deve ensinar. A formação desportiva é uma área demasiado importante para ser deixada ao deus-dará.
Enquanto aguardava pelo Brasil-Portugal, assisti ontem a um debate sobre linguagem violenta no noticiário desportivo. Um pai alertou o Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas para uma série de expressões violentas que lera em jornais, do tipo de “ O grupo X era um alvo a abater”, “vingança saborosa” ou “decidiram partir para a humilhação do adversário”. E o Conselho Deontológico lá recomendou exigência ética e deontológica aos jornalistas, o que nem me parece necessário, pois qualquer jornalista, como bem vincou Vítor Serpa, sabe que há linhas que não deve ultrapassar.
A verdade, porém, é que leio todos os dias expressões que me ferem a sensibilidade, e que, se bem (mal) assimiladas pelos jovens desportistas, podem induzir comportamentos errados. Por exemplo, embora perceba a mensagem, choca-me ver os “guerreiros” do Sporting de Braga em cartazes espalhados pela cidade, com armaduras e tudo… Porque o futebol é um desporto nobre, não é terreno de guerra, nem um simples jogo deve ser sentido como uma batalha.
Mais grave, na minha opinião, é a falta de formação de alguns dirigentes, treinadores e árbitros que acompanham o futebol infanto-juvenil. Eu sei que não é fácil construir um edifício de excelente formação desportiva, mas os clubes devem prestar atenção redobrada às características dos formadores, procurando neles uma boa base científica, pedagógica e essencialmente humana. É inaceitável que num jogo de infantis o treinador insulte um árbitro, como é inaceitável que um árbitro não compreenda a índole de um jovem de 9 ou 10 anos, penalizando-o quando deve ensinar. A formação desportiva é uma área demasiado importante para ser deixada ao deus-dará.